sexta-feira, 3 de abril de 2015

Educação e Saúde trabalham ações de combate à violência




“Prevenção às Violências e em Saúde Mental”. Esse foi o tema abordado na capacitação realizada na manhã desta quarta-feira (1º), no Salão Ouro Negro, na Prefeitura Municipal de Criciúma. Participaram do encontro educadores de escolas municipais e estaduais e também enfermeiros das Unidades de Estratégia Saúde da Família (ESF). A atividade foi organizada pela equipe de trabalho intersetorial do Programa Saúde na Escola (PSE).
A ideia do projeto é capacitar esses profissionais para que estejam aptos a identificarem situações de risco nas escolas, ou seja, se a criança sofre algum tipo de violência. Agentes de saúde e educadores vão atuar em conjunto.  
Para Renata Andrade de Araújo, que apresentou os serviços prestados pelo Núcleo de Prevenção a Violência e Promoção a Saúde (NUPREVIPS), o Programa desenvolve a cidadania e a qualificação das políticas públicas na educação e na saúde.
“Se a escola consegue perceber os sinais de violência, deve notificar o Conselho Tutelar e a Vigilância em Saúde. Sempre que isso acontecer, o Núcleo vai acionar os serviços necessários para melhor atender as crianças e adolescentes, buscando a melhor solução”, explica Renata. “É importante que os profissionais de saúde e educação conversem sobre os problemas encontrados e busquem um diagnóstico, somente assim será possível transformar o cenário atual”, reforça.  
Segundo a coordenadora pedagógica da Secretaria de Educação, Luciana Milioli, o ponto principal da capacitação foi mostrar que com as redes atuando juntas ficará mais fácil garantir um bom desempenho do PSE. “A articulação entre a escola e a rede básica de Saúde é a base do Programa Saúde na Escola. As informações passadas serão disseminadas nas escolas e unidades de saúde. Os diretores, orientadores e enfermeiros serão multiplicadores e vão ter condições de detectar os problemas, informar e conscientizar sobre as violências que acontecem dentro de sala de aula, mas principalmente vão poder notificar os órgãos competentes”, relatou Luciana.
O prefeito Márcio Búrigo comentou sobre a iniciativa. “A escola vai muito além de apenas transmitir conteúdos programáticos. Participar do cotidiano dos estudantes é fundamental. O bom rendimento escolar depende de uma boa estrutura familiar. Se nós conseguirmos identificar problemas como a violência, por exemplo, será possível trabalhar especificamente isso o que tende a refletir na qualidade da educação. E vai além, buscando as autoridades competentes para possíveis punições”, destacou o prefeito.    
Escolas e Unidades de Saúde participantes:
Escola Pactuada ESF Correspondente
EMEF Ângelo de Lucca Morro Estevão
EEB João Dagostim Quarta Linha
EMEIEF Ângelo Felix Uggioni Wosocris
EEB Silva Alvarenga Metropol
EEB Rubens Arruda Ramos Nossa Senhora da Salete
EMEIEF Prof. Marcilio Dias San Thiago Vila Manaus
EMEF Dionisio Milioli Ana Maria
CEIM Natureza Cristo Redentor
EMEIEF Adolfo Back Vila Belmiro
EEB Antonio Milanez Neto São Defende
EEB Irmã Edviges Mina União
EMEF Erico Nonnenmacher Paraíso
EEB Coelho Netto Santa Barbara
EEB Cel. Marcos Rovaris Pinheirinho
EMEF Pe. José Francisco Bertero São Simão
O Programa Saúde na Escola
O PSE é promovido pelos Ministérios da Saúde e da Educação, foi instituído em 2007, e tem por finalidade realizar a política intersetorial voltada às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira para promover saúde e educação integral. O PSE é uma estratégia de integração da saúde e educação para o desenvolvimento da cidadania e da qualificação das políticas públicas brasileiras.
O PSE é baseado em cinco componentes que geram atendimentos em saúde dos alunos, seja com exames de optometria, vacinação, atendimentos especializados, entre outras ações de Saúde e Educação nas escolas, através das Secretarias de Educação e Saúde. A Secretaria de Educação trabalha ainda com intervenções – prevenção às drogas, gravidez na adolescência, entre outros temas.
Componentes do PSE:
a)   Avaliação das Condições de Saúde das crianças, adolescentes e jovens que estão na escola pública;
b) Promoção da Saúde e ações de Prevenção de doenças e de agravos à saúde. O Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas  (SPE) integra-se a esse componente ;
c) Educação Continuada e Capacitação dos Profissionais da Educação e da Saúde e de Jovens;
d) Monitoramento e Avaliação da Saúde dos Estudantes;
e) Monitoramento e Avaliação do Programa.
Mais do que uma estratégia de integração das políticas setoriais, o PSE se propõe a ser um novo desenho da política de educação e saúde uma vez que:
(1) trata a saúde e educação integrais como parte de uma formação ampla para a cidadania e o usufruto pleno dos direitos humanos;
(2) permite a progressiva ampliação das ações executadas pelos sistemas de saúde e educação com vistas à atenção integral à saúde de crianças e adolescentes; e
(3) promove a articulação de saberes, a participação de estudantes, pais, comunidade escolar e sociedade em geral na construção e controle social da política pública.
 
Texto: Milena dos Santos 

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