Evasão,
abandono escolar, mudanças nas estratégias e a necessidade de integrar o
trabalho do Ministério Público com entidades responsáveis pela Educação, foram
temas abordados pelo promotor de Justiça da Vara da Infância e Juventude, Mauro
Canto da Silva, no auditório da Amrec, nesta quarta-feira (20). Participaram da
palestra gestores, orientadores educacionais, coordenadores da Secretaria
Municipal de Educação de Criciúma e entidades parceiras do Projeto Evasão
Escolar.
Em
2001 o Ministério Público criou o Programa de Combate à Evasão Escolar (Apóia)
com o objetivo de garantir o acesso e permanência dos alunos na escola. Em
2014, as Secretarias de Educação e de Assistência Social do município de
Criciúma implantaram ações conjuntas visando qualificar e agilizar
procedimentos que garantam esses direitos às crianças e adolescentes das
escolas municipais. “Contamos com a equipe do Núcleo de Cooperação Educacional
para dar suporte às escolas e ajudar as famílias que encontram muitas
dificuldades por falta de estrutura e orientação”, comentou Rose Reynaud Mayr,
secretária de educação.
O
promotor de justiça defendeu a importância de avaliar em rede, os múltiplos
fatores que causam o afastamento dessas crianças e desses adolescentes dos
bancos escolares. “É fundamental trabalhar com uma equipe multidisciplinar para
realizar encaminhamentos corretos. Nem sempre o aluno é o problema, ele faz
parte do problema que se resolve com proteção e não com repressão. Não podemos
mais ir ao extremo, com ameaças, porque perderemos a capacidade de negociar. O
Apóia não é como um jogo de tabuleiro em que apenas se avança, nesse jogo temos
que ir e voltar o tempo todo se quisermos vencer”, reforçou Canto.
“Também
estão presente nesse encontro representantes do Conselho Tutelar, da AFASC, da
Coordenaria de Promoção e Igualdade Racial do Município, do Programa Municipal
de Educação sobre Drogas nas Escolas e da coordenação dos Grêmios Estudantis.
Queremos ter mais articulação, unir forças e tentar fazer com que as leis sejam
postas em prática para atacar os múltiplos fatores que impedem a permanência e
o acesso dos alunos à escola”, explica Marissilvia Barp, coordenadora do
projeto.
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