quarta-feira, 20 de abril de 2016

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E ENTIDADES PARCEIRAS DISCUTEM EVASÃO ESCOLAR

         Evasão, abandono escolar, mudanças nas estratégias e a necessidade de integrar o trabalho do Ministério Público com entidades responsáveis pela Educação, foram temas abordados pelo promotor de Justiça da Vara da Infância e Juventude, Mauro Canto da Silva, no auditório da Amrec, nesta quarta-feira (20). Participaram da palestra gestores, orientadores educacionais, coordenadores da Secretaria Municipal de Educação de Criciúma e entidades parceiras do Projeto Evasão Escolar.
            Em 2001 o Ministério Público criou o Programa de Combate à Evasão Escolar (Apóia) com o objetivo de garantir o acesso e permanência dos alunos na escola. Em 2014, as Secretarias de Educação e de Assistência Social do município de Criciúma implantaram ações conjuntas visando qualificar e agilizar procedimentos que garantam esses direitos às crianças e adolescentes das escolas municipais. “Contamos com a equipe do Núcleo de Cooperação Educacional para dar suporte às escolas e ajudar as famílias que encontram muitas dificuldades por falta de estrutura e orientação”, comentou Rose Reynaud Mayr, secretária de educação.
            O promotor de justiça defendeu a importância de avaliar em rede, os múltiplos fatores que causam o afastamento dessas crianças e desses adolescentes dos bancos escolares. “É fundamental trabalhar com uma equipe multidisciplinar para realizar encaminhamentos corretos. Nem sempre o aluno é o problema, ele faz parte do problema que se resolve com proteção e não com repressão. Não podemos mais ir ao extremo, com ameaças, porque perderemos a capacidade de negociar. O Apóia não é como um jogo de tabuleiro em que apenas se avança, nesse jogo temos que ir e voltar o tempo todo se quisermos vencer”, reforçou Canto.
            “Também estão presente nesse encontro representantes do Conselho Tutelar, da AFASC, da Coordenaria de Promoção e Igualdade Racial do Município, do Programa Municipal de Educação sobre Drogas nas Escolas e da coordenação dos Grêmios Estudantis. Queremos ter mais articulação, unir forças e tentar fazer com que as leis sejam postas em prática para atacar os múltiplos fatores que impedem a permanência e o acesso dos alunos à escola”, explica Marissilvia Barp, coordenadora do projeto.

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