Escola Fiorento Meller mostra trabalho no UNESC em Dança

O grupo de dança da Escola Fiorento Meller apresentou a peça “Festa das bruxas”, na 17ª Edição do UNESC em Dança. A coreografia foi preparada pelo professor de Educação Física, Guilherme Motta Rocha. O evento foi realizado neste sábado (22/10), no Teatro Elias Angeloni.

Os alunos foram acompanhados pela professora Magda Ugioni do Livramento e pela diretora Ana Paula Anacleto.

A dança da bruxas

FESTA DAS BRUXAS – TURMA 403

As turmas dos 4º Anos da Rede Municipal de Educação de Criciúma têm como objeto de estudo nas disciplinas de História e Geografia o estado de Santa Catarina. Um dos objetivos é compreender os processos que contribuíram na formação histórica do povo catarinense, relacionando-os com os aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais.

Para iniciar as discussões acerca do assunto, exploramos o início da colonização de Santa Catarina, marcada pela presença dos açorianos, que além de desbravar nossas terras, nos deixaram um rico legado. Quem não conhece histórias antigas de bruxas? A tradição oral desses contos perpassou as décadas e adentrou nossas aulas de Língua Portuguesa, por meio do gênero textual contos e lendas de SC.

Nesta altura, a parceria com as professoras do Ensino da Arte foi imprescindível para ampliar os conhecimentos e a curiosidade que estavam cada vez mais aguçados na turma. Entra em cena o trabalho e a dedicação incansável do artista Franklin Joaquim Cascaes que resgatou os fragmentos dessa tradição recolhendo as histórias, rabiscando a mitologia, desenhando as formas e moldando as figuras.

Para completar o estudo, que já havia se tornado o projeto da turma, a disciplina de Educação Física explorando o movimento corporal, coreografa uma releitura baseando-se no conto “As bruxas do Itaguaçu”, momento em que a turma revive esta lenda da ilha da magia, por meio das Linguagensda dança e da dramaturgia.

 E a magia da surpresa continuou a chegar... Essa coreografia foi classificada para o 17º UNESC em Dança, evento realizado no último sábado no Teatro Municipal Elias Angeloni, onde mais uma vez conseguimos valorizar a influência do legado da cultura açoriana em nosso estado.

Professora: Magda Ugioni do Livramento

Coreografia: Guilherme Motta Rocha

Direção: Ana Paula Anacleto

Projeto apresenta a Bacia do Rio Urussanga

Nas mãos, um mapa ilustrado da Bacia Hidrográfica do Rio Urussanga. Ouvidos atentos às explicações do monitor e ao som das 251 nascentes que formam o Rio Maior. Olhos, que ora viam a beleza da natureza na região dos vales, e ora a destruição das áreas de mineração, nas comunidades de Santana e Rio Carvão, ou ainda, pela extração de areia e argila, nas planícies de Morro da Fumaça e Treze de Maio. Pés, que num momento sentiam as folhas das espécies exóticas, como o pinus e o eucalipto que impedem o crescimento de outras espécies vegetais, e noutro, a areia que dá forma às dunas da praia do Torneiro. Grupos de alunos registrando informações importantes no papel e gravando um cenário diversificado na memória. No final de agosto e início de setembro, esta experiência fez parte de um dia na vida de aproximadamente 100 estudantes das escolas municipais Padre Ludovico Coccolo e Jorge da Cunha Carneiro.

O passeio de estudos é uma ação do projeto “Aprender e ensinar nas águas dos rios do município de Criciúma”, promovido pelo Comitê da Bacia do Rio Urussanga em parceria com a Secretaria de Educação de Criciúma. No decorrer deste ano, formações continuadas foram realizadas com professores de Geografia e Ciências para discutir, planejar e executar ações para conhecer os caminhos percorridos pelas águas ao longo da bacia. O percurso começa Vale do Rio Maior, em Urussanga, e termina na praia do Torneiro, em Jaguaruna.

O monitor e coordenador pedagógico de Geografia, Rosemar De Nez, ilustra os desastres ambientais da região com suas lembranças. “Quando eu tinha a idade de vocês ia visitar minhas tias no Rio Maior. Nos fins de semana, tomávamos banho no rio. Um adulto sempre nos acompanhava porque a preocupação era com a profundidade do leito do rio que chegava a três metros em alguns pontos. Hoje, eu passo no mesmo lugar, com água pela canela,a lâmina d’água não passa de trinta centímetros. Esta mudança aconteceu em vinte anos e se continuarmos destruindo, em que condições estará este lugar daqui a vinte anos?”, questionou De Nez.

O ônibus parou próximo a mina de carvão que explodiu em 1984, provocando a morte de trinta e um mineiros. Da janela, observaram a “Língua do Dragão”, um córrego de águas alaranjadas com tom esbranquiçado oriundo da cal jogada com a finalidade de diminuir a sua acidez.

Amália Manoela Pereira, 14 anos, percebeu que tudo está interligado no meio ambiente e compreendeu a importância desta bacia que abriga uma população de aproximadamente 118 mil habitantes distribuídos em dez municípios. “Cocal do Sul e Morro da Fumaça estão totalmente inseridos bacia do Rio Urussanga. A região da Próspera, onde moro, também faz parte desta bacia. As atividades realizadas na cabeceira, na parte alta, comprometem as partes mais baixas,” explicou a estudante.

O passeio é finalizado na foz do rio Urussanga que é o limite natural dos municípios de Jaguaruna e Balneário Rincão. Os alunos são convidados a refletir sobre os problemas ambientais causados pelo lançamento de efluentes e pelos depósitos de sedimentos oriundos das diversas atividades econômicas desenvolvidas na bacia hidrográfica. Orientações foram dadas para que os conhecimentos adquiridos sejam repassados e os estudantes foram incentivados a pensar em ações educativas no âmbito do contexto escolar e nos espaços de vivência da comunidade.

Profissionais da Educação Infantil participaram de formação em matemática

A linguagem matemática na rotina da Educação Infantil foi tema da formação oferecida para os profissionais que atuam em instituições da Rede Municipal de Ensino de Criciúma. Os estudos iniciaram com grupos de educadores (29/9) e foi finalizado, nesta quinta-feira (5/10), com os gestores. “Após a construção das Diretrizes Curriculares da Educação Infantil, as quais fundamentam a prática pedagógica, oportunizaram-se estes momentos de estudos e reflexão sobre a referida temática. Faz-se necessário que o profissional da Educação Infantil propicie momentos de aprendizagem sobre conceitos matemáticos presentes no cotidiano,” justificou a coordenadora pedagógica, Silvana Alves Bento Marcineiro.

As crianças, desde muito cedo, já estão em contato com a linguagem matemática e isto ocorre quando exploram os brinquedos e os espaços. Aprendem no momento em que manipulam objetos, nas interações mediadas pelos adultos, nas brincadeiras e práticas cotidianas. “Elas descobrem a matemática quando selecionam, organizam e classificam diversos materiais. Nós podemos mediar o processo de aprendizagem por meio da rotina, de brincadeira e jogos”, explicou a palestrante, Jaqueline de Oliveira Costa.

A Secretária de Educação, Rose Reynaud Mayr, informou que serão disponibilizados até o final de outubro, 500 exemplares impressos das Diretrizes Curriculares da Educação Infantil para as Escolas e Centros de Educação Infantil. O documento também pode ser acessado no site da Prefeitura Municipal de Criciúma. 

Documento foi construído em 2015

A criança como protagonista da aprendizagem é o título das Diretrizes Curriculares da Educação Infantil da Rede Municipal de Criciúma. O documento foi construído no decorrer do ano letivo de 2015 com a participação das 43 escolas do Ensino Fundamental que atendem essa etapa da educação e dos 20 Centros de Educação Infantil (CEIMs).

Aconteceram encontros mensais com a assessora do Ministério da Educação, Cláudia Maria da Cruz, com os gestores e coordenadores. A partir desses estudos foram realizados encontros bimestrais com aproximadamente 800 profissionais, organizados em sete Grupos de Trabalho (GTs) e por regiões.  Além disso, houve participações dos coordenadores pedagógicos das áreas específicas da Secretaria Municipal de Educação, para os estudos e elaborações de textos. 

As coordenadoras pedagógicas da Educação Infantil, Silvana Alves Bento Marceneiro e Ádria Vanusa Correa, foram responsáveis pelos estudos, registros de alguns artigos e organização do documento.

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